ࡱ > Q S N O P @ G9 jbjb 9R 2 1 l N N N 8 . B D " E E E N P P P P P P , / O | N E # " E E E | o E R N N b J J E N , " N * ټ | * $ " * POR FAVOR LEIA COM ATENO COMO GUARDAR O TEXTO Para guardar este texto (incluindo dados adicionais) seleccione a opo GUARDAR (em ingls, SAVE) no seu browser (Explorer, Navigator), dentro do menu FICHEIRO (em ingls, FILE). Na opo GUARDAR COMO (em ingls, SAVE AS), tambm no menu FICHEIRO, poder guardar o texto e atribuir um novo nome. COMO IMPRIMIR O TEXTO Para imprimir este texto (incluindo dados adicionais) seleccione a opo IMPRIMIR (em ingls, PRINT) no seu browser, dentro do menu FICHEIRO (em ingls, FILE). Tambm poder aceder a esta funo seleccionando o boto de impresso (com a imagem de uma impressora), disponvel na barra de ferramentas. NOTA IMPORTANTE Para voltar ao artigo no feche esta janela. Utilize o boto do browser RETROCEDER (em ingls, BACK), situado no lado esquerdo da barra de ferramentas. PortugalEspanha, um relacionamento coopetitivo Helena Bico Marques, Rita Isabel Lages, Srgio Leal Nunes * Janus 2002 Portugal e Espanha, h sculos a esta parte comeando pela ocupao mtua de um mesmo territrio, passando pelo tratado de Tordesilhas at entrada conjunta na Comunidade Econmica Europeia (CEE), em 1986 tm mantido formas de relacionamento algo peculiares e nem sempre num sentido maximizador das capacidades ibricas. Um conjunto recheado de razes de fundo tem levado a que as relaes ibricas se tenham intensificado nos ltimos 50 anos. H razes de lgica, como a proximidade geogrfica (tornando-os parceiros naturais, geneticamente conectados), de aproveitamento mtuo de mercados, de gesto de recursos comuns (hdricos, ambientais, infra-estruturais); razes de natureza poltica, como sejam o processo de integrao europeia, que ambos iniciaram em 1986 e que teve como consequncias directas o aumento dos fluxos comerciais e financeiros, nomeadamente de alteraes significativas ao nvel do investimento directo, e a procura de estabelecer e fortalecer posies geoestratgicas em termos de aproximao ao centro de poder da Unio Europeia (UE), inexoravelmente ancorado ao centro da Europa. Pretende-se aqui avanar com alguns exemplos e argumentos que permitam enquadrar o tipo de relacionamento que, na nossa opinio, melhor se coaduna com os interesses nacionais de cada pas e da Pennsula Ibrica enquanto territrio com capacidade para se desenvolver e proporcionar bem-estar aos seus cidados e provocar desequilbrios compensadores, face ao directrio dos chamados Grandes Pases da Comunidade. No Quadro esto explicitados os principais temas tratados (agrupados por ministrios) na XVII Cimeira Luso-Espanhola, que teve lugar em Sintra, em 29 e 30 de Janeiro de 2001. Cada assunto est afecto ao seu respectivo ministrio e tratado, maioritariamente, no seu mbito. No entanto, numa outra perspectiva, podemos reagrupar os temas no por ministrios mas por uma tipologia que diferencia a natureza intra/extra Ibrica dos assuntos em questo (ver caixa abaixo). Faremos, de seguida, referncia a alguns tpicos que podem configurar comportamentos de natureza coopetitiva (ver informao complementar). O primeiro a segurana das pessoas. Estabeleceu-se uma cooperao ao nvel do combate ao terrorismo e ao crime organizado em geral. Em matria de combate ao terrorismo ficou acordada a criao de um grupo de contacto que pretende organizar o esforo ibrico no seio da Unio Europeia. Ser ento necessria a rpida adopo na Unio Europeia de instrumentos comunitrios respeitantes a trs questes fundamentais: acelerao e simplificao dos procedimentos de reconhecimento de decises judiciais e extradio; avano da harmonizao das incriminaes e das sanes em matria de terrorismo; estabelecimento de um mandado de deteno europeu. O segundo refere-se poltica ibrica de infra-estruturas. Foi ratificado o agrupamento de interesse econmico, que junta a entidade pblica, gestor de infra-estruturas ferrovirias em Espanha, Rede Ferroviria de Alta Velocidade SA de Portugal. Pretende-se, assim, criar uma entidade com sede em Madrid e presidente portugus que ir desenvolver em conjunto ambos os projectos de comboios de alta velocidade. Foram tambm referenciadas iniciativas relativamente rede elctrica, rede de gs e de todo um conjunto de infra-estruturas que procuram criar, progressivamente, um mercado ibrico integrado no quadro da Unio Europeia. Em terceiro, a poltica ibrica de cooperao com Pases do Sul. Identificaram-se e seleccionaram-se quatro projectos concretos, com Marrocos, com Cabo Verde, com El Salvador e com Timor-Leste. Eles serviro de base ao desenvolvimento de uma poltica sistemtica de coordenao das cooperaes, promovendo aces trilaterais de cooperao com diversos pases do sul. Existem, simultaneamente, cooperaes empresariais ao nvel de investimentos conjuntos, nomeadamente na Amrica Latina. Configurando uma prtica competitiva intra-ibrica podemos referir o sector do Turismo. O sector do Turismo contribui com cerca de 8% para a formao do PIB, emprega directa ou indirectamente cerca de 10% da populao activa, contribui de forma significativa para o equilbrio da balana de pagamentos e gera importantes efeitos multiplicadores na actividade econmica. Este um sector onde claramente cada pas procura maximizar as suas especificidades com vista a captar o maior fluxo turstico nacional e internacional. A nica forma de competir actualmente neste sector pela qualidade. Significa, ento, que mais do que qualificar a oferta necessrio qualificar a populao e o territrio e melhorar o desempenho das empresas tursticas que se querem integradas em sistemas tursticos locais sustentveis do ponto de vista ambiental, cultural, social e econmico. Portugal representa apenas 3,1% das entradas em Espanha, muito aqum da Alemanha (23,7%) e do Reino Unido (26,6%). Os produtos espanhis mais procurados passam pelas Canrias, Ibiza, pelas cidades (Madrid e Barcelona), pelo turismo religioso (Santiago) e destinos de Inverno (Serra Nevada, onde existe a semana dos portugueses, referente ao Carnaval). J Portugal o primeiro destino turstico dos espanhis, que procuram essencialmente a regio de Lisboa e Vale do Tejo, do Norte e do Algarve. Tambm aqui se poderia referir a semana dos espanhis que pela altura da Pscoa aproveitam para se deslocarem em massa ao nosso pas em busca do usufruto da conjugao da boa gastronomia e do clima ameno que ento se costuma fazer sentir. Para alm destes aspectos que emergem da Cimeira Luso-Espanhola, de Janeiro de 2001, podem mencionar-se mais dois exemplos. O primeiro refere-se ao Acordo em Matria de Perseguio Transfronteiria, assinado em Albufeira em Novembro de 1998, que pretende consolidar e desenvolver instrumentos de natureza policial de cooperao transfronteiria. As fronteiras so, por definio, espaos de ruptura social, poltica, econmica, cultural. A finalidade destes acordos passa pela introduo de elementos de continuidade, de concertao entre territrios vizinhos que lutam por objectivos comuns. Por ltimo, os acordos de Schengen. Schengen (nome da cidade luxemburguesa onde foram assinados os primeiros acordos, em Junho de 85) uma designao dada a dois Acordos Internacionais (um Acordo e uma Conveno) subscritos por um conjunto de Estados membros da UE (com excepo do Reino Unido e da Irlanda) com o objectivo de promover a livre circulao de pessoas. Noruega e Islndia, estados no membros da EU, assinaram um Acordo de Cooperao com os vrios Estados de Schengen. Para alm da participao directa de Portugal e Espanha, houve necessidade de desenvolver um conjunto de formas de actuao harmonizadas com vista a assegurar as condies de entrada no espao Schengen. Tratou-se de melhorar a coordenao entre servios de polcia, das alfndegas e de justia. Em termos econmicos, constata-se que o comrcio internacional portugus e espanhol se faz, maioritariamente, com os pases da UE, quer em termos de entradas quer de sadas. Dentro deste bloco UE , alinharam-se os 10 pases com quem tanto Portugal como Espanha mantm os fluxos comerciais mais significativos e cujo resultado pode ser visionado no Quadro. Em termos de sadas, cerca de 66% fazem-se para um mesmo conjunto de pases (Alemanha, EUA, Frana, Itlia, Pases Baixos e Reino Unido). No que se refere s entradas, cerca de 78% provm tambm de um conjunto idntico de pases (Alemanha, EUA, Frana, Itlia, Pases Baixos, Reino Unido e Japo). Estes valores evidenciam, de forma clara, no s os intensos fluxos comerciais intracomunitrios mas, particularmente, as zonas comuns com as quais Portugal e Espanha interagem comercialmente, podendo estar criado um pressuposto de base para o desenvolvimento de estratgias concertadas neste domnio. A problemtica enunciada configura, claramente, um tipo de relacionamento de coopetio. Por um lado existe uma fora centrfuga, apelando busca das melhores posies individuais numa perspectiva de uma maior competio. Por outro lado, desenvolvem-se foras centrpetas, que se desejam acompanhadas por aces de cooperao que permitam defender, de uma forma slida e sustentada, a posio dos dois pases face aos grandes desafios actuais (aprofundamento da integrao dos mercados e foras orientadoras de natureza mundial) e futuros, nomeadamente o possvel e desejvel alargamento da UE. Concluindo, refiram-se duas questes: a primeira refere-se necessidade de coordenao entre ministrios e de integrao conjunta das suas iniciativas polticas. Matria delicada, qual se deve grande parte da ineficcia das medidas que vo sendo tomadas e que, sendo implementadas sectorialmente, dificilmente podero responder adequadamente a problemas de ndole multidisciplinar que atravessam horizontalmente vrios domnios. A segunda aponta para uma tendncia cada vez mais evidente nas condies actuais de organizao mundial das estruturas sociais, que se resume necessidade de mobilizao de competncias de natureza especfica a um determinado territrio (leia-se Pennsula Ibrica), como forma de enfrentar com probabilidades de sucesso os desafios que se colocam s sociedades modernas (leia-se desafios da globalizao). Isto significa que s atravs da construo de espaos densos em estratgias flexveis ambos os pases conseguiro aproximar o nvel de vida da sua populao aos padres mdios do resto da Europa. , precisamente, do entrelaar de todas estas tipologias relacionais (intra/extra ibrica, intra/extra UE) que cada pas poder construir a sua matriz relacional, sustentculo do seu desenvolvimento, com uma organicidade de densidade varivel conforme o ponto da matriz em que se queira posicionar, face aos objectivos que esteja a considerar num dado momento da sua histria e do papel que deseja desempenhar na prpria histria. Informao complementar O Conceito de Coopetition das Empresas aos Pases O termo coopetition nasceu ligado a estratgias no mbito das actividades imobilirias, atravs da criao das Multiple Listing Services (uma lista conjunta definia a capacidade de oferta global), como forma de cooperativamente se competir num ambiente equitativo. O sector seguinte a adoptar o termo foi o sector de redes informticas. A ideia subjacente defende que num mercado de mbito mundial existe possibilidade de lucros para todos os participantes. Desta forma, se todos os vendedores adoptarem aces de cooperao (criando mercados, estabelecendo protocolos e parcerias, ouvindo os clientes, trabalhando com fornecedores) os lucros potenciais dessas medidas seriam superiores queles que resultariam se os consumidores fossem obrigados a escolher um dos lados. A competio pura teria como consequncia a diluio dos lucros, aniquilando, inclusive, alguns dos competidores (veja-se o que aconteceu na guerra de preos que ops a indstria de aviao americana em 1990-93). Recentemente, em Dezembro de 2000, Vladimir Putin visita o Canad e Cuba. Em Julho de 2001 assina um acordo de cooperao com a China. A Rssia adopta, nos primeiros anos do sculo XXI, uma nova perspectiva de poltica externa a coopetio acordos de cooperao geopolticos como forma de competir internacionalmente com Washington aos mais diferentes nveis. Configuram-se, deste modo e de forma crescente, relacionamentos de guerra e paz mas, ao contrrio da cclica Guerra e Paz de Tolstoi, temos ciclos sobrepostos de guerra e paz. A ideia fundamental passa por cooperar quando se est a construir o bolo e ser competitivo aquando da sua diviso. Das empresas aos territrios apenas uma questo de imaginao. *Helena Bico Marques Licenciada em Economia pelo ISEG. *Rita Isabel Lages Licenciada em Economia pelo ISEG. *Srgio Leal Nunes Licenciado em Economia pelo ISEG. Mestre em Economia e Gesto do Territrio pelo ISEG. Docente da UAL. Infografia www.janusonline.pt PAGE PAGE 6 " # f g W a b 0 1 6 6 7 ?8 @8 8 8 8 8 8 8 8 te[ 5CJ OJ QJ nHj 5CJ OJ QJ UnH j CJ OJ QJ UmH 5CJ OJ QJ nHCJ OJ QJ 6CJ OJ QJ 5CJ OJ QJ CJ OJ QJ CJ OJ QJ B*OJ PJ QJ ph 5CJ mH5CJ mH>*B*CJ OJ QJ ph j B*CJ OJ QJ Uph j B*CJ OJ QJ Uph B*CJ OJ QJ ph ! " 9 : d e f ~ W Y 8 -9 F9 G9 0 1 ; < D E Q R 9 : $a$ H I ! ! # # $ $ ' ' ( ( ) ) + + , , / / $a$ / 0 0 0 0 1 1 $2 %2 4 4 d6 e6 7 7 7 7 7 7 7 8 8 8 ?8 @8 S8 8 8 8 7$ 8$ H$ $a$ 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 7$ 8$ H$ 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 9 9 $$If a$ $If 7$ 8$ H$ 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 &9 '9 (9 )9 *9 -9 .9 29 39 79 89 <9 =9 @9 A9 F9 G9 j U j U jD U j U j. 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