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Investimento Directo Estrangeiro

Maria Alberto Branco *

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Depois de alguns anos de desaceleração, o investimento internacional sofreu um novo impulso fundamentalmente por acção dos EUA e Reino Unido, os primeiros países a apresentarem sinais de recuperação. O efeito de atracção desenvolvido pela recuperação da procura americana permitiu aos EUA retomarem a sua posição de principais investidores mundiais e principais receptores de investimento externo. A continuação de uma conjuntura económica difícil nos países da União Europeia (UE) limitou a dinamização das entradas de investimento externo e originou uma quebra do investimento comunitário no exterior.

Acompanhando a tendência observada nos países da OCDE e reflectindo o período de recessão que atravessou a economia dos principais países desenvolvidos, o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) dirigido a Portugal regista uma evolução negativa desde 1991 (- 25% ao ano), após um período de grande dinamismo induzido pela adesão de Portugal às Comunidades. Esta evolução negativa não impediu que, em 1994, o IDE representasse cerca de 6% do investimento total realizado em Portugal e de 1% do PIB. O IDE dirigido a Portugal, em 1995, destinou-se, essencialmente, ao sector terciário que absorveu cerca de 3/5 do total.

A um nível mais desagregado, o sector financeiro, a indústria transformadora, o comércio e o turismo revelam-se como os principais sectores de atracção do IDE em Portugal. As indústrias de minerais não metálicos, do papel e artes gráficas e máquinas e material de transporte foram os principais sectores industriais a atrair o IDE industrial. Esta estrutura sectorial do IDE resulta de uma diminuição do peso do investimento dirigido ao sector financeiro com a contrapartida do aumento do peso do IDE orientado para os sectores industriais e comerciais, nomeadamente para as indústrias de produtos metálicos e de máquinas e material de transporte e para a actividade turística.

Este investimento realiza-se maioritariamente em empresas já instaladas, através de aumentos de capital e por aquisição parcial, o que acompanha as tendências observadas no investimento internacional da região da OCDE. Os principais investidores em Portugal são as empresas dos países comunitários, responsáveis por cerca de 70% do IDE total, embora tal revele apenas a localização das empresas investidoras, não traduzindo o país sede do investimento nem a localização do seu centro de decisão. São principalmente, a Espanha, a França e a Holanda os principais países membros da UE responsáveis pelo IDE dirigido a Portugal.

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A actual estrutura do IDE por países revela uma alteração significativa desde o início da década, nomeadamente pela menor redução do investimento oriundo da Espanha, França e Holanda e pela tendência persistente de diminuição do investimento oriundo do Reino Unido, que, mais que uma quebra real, pode traduzir a utilização de "Holdings" sediadas noutros países como origem dos investimentos provenientes daquele país. Tal facto parece ser confirmado pelo aumento do investimento oriundo de países como as Bermudas, as Bahamas e as Ilhas Caiman.

O decréscimo observado nos fluxos de IDE entrados em Portugal foi acompanhado por um aumento do montante de capital desinvestido que, de acordo com o Banco de Portugal, terá sofrido uma quebra em 1994 permitindo um aumento da taxa de permanência dos investimentos estrangeiros em Portugal, contrariando a tendência observada no passado recente.

As dificuldades de recuperação da economia portuguesa e as dúvidas relativas ao futuro dos incentivos ao investimento poderão constituir factores de aceleração dos desinvestimentos em Portugal e um elemento de desaceleração dos fluxos de entrada de investimento externo em Portugal. Os processos de reestruturação económica em curso em Portugal, nomeadamente pela construção e reforço de grupos económicos sediados em Portugal poderá, em associação com medidas governamentais de apoio à internacionalização de empresas nacionais, constituir um factor de dinamização do investimento externo português (ver artigo Internacionalização da Economia Portuguesa).

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* Maria Alberto Branco

Licenciada em Economia pelo ISEG. Consultora permanente da CESO I&D.

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Dados adicionais
Gráficos / Tabelas / Imagens / Infografia / Mapas
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Link em nova janela Principais origens dos fluxos de IDE em Portugal - 1995

Link em nova janela Estrutura sectorial do IDE em Portugal

Link em nova janela Entradas de investimento directo estrangeiro em Portugal

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